sexta-feira, 2 de setembro de 2011

ABUSO DO DIREITO DE VIZINHANÇA - LEI FEDERAL 3688


Cumuruxatiba, Prado, 19 de Agosto de 2011.

À
Autoridade Competente
Promotoria Pública do Município de Prado/Bahia


Trata o presente de demonstrar a inconformidade dos moradores que residem e/ou mantém seus negócios, nas proximidades da residência situada na Rua Treze de Maio, nº 4 ( próximo a escola Antônio Climério), de propriedade da Sra. Patrícia.

Ocorre que na referida residência instalou-se uma igreja que, a despeito do imóvel ser muito pequeno, lá é utilizado equipamento de som de grande potência na realização dos cultos.

Aliás, não somente quando os cultos estão sendo realizados é que se é utilizado o microfone, pois não é raro ouvir canções pelo microfone, cantadas por uma só pessoa durante o dia, fora dos horários de cultos.

É preciso deixar bem claro que não estamos demonstrando qualquer tipo de inquietação em relação ao culto propriamente dito. Mesmo porque, algumas das pessoas que estão envolvidas nesse manifesto pertencem ao meio evangélico e professam a mesma religião.

A questão não é contra o culto, mas como o culto está sendo realizado. Na residência não há isolamento acústico. Inclusive há uma suspeita de que a igreja não possui alvará  e outras documentações para funcionamento nesse local.

O barulho já foi denunciado aos policiais de Cumuruxatiba que compareceram ao local e pediram à proprietária do imóvel que baixasse o som e, apesar disso, o barulho continuou e continua.

Cumuruxatiba é um lugar turístico, sendo que a maioria dos turistas escolhe este lugar também por causa da tranqüilidade que ele proporciona. No entanto, já ouvimos queixas de alguns desses turistas, reclamando contra o barulho.

Referimo-nos a abuso do direito de vizinhança, que transcende ao direito natural individual. Acontece abuso toda vez que se extrapola o limite legal no exercício de um direito atingindo a esfera jurídica de outrem.

A lei federal nº 3.688 de 23 de outubro de 1941 determina, em seu capítulo IV que não se pode perturbar o sossego alheio ou o trabalho.

Como a dona da propriedade tem se negado a cumprir a ordem dada pelos policiais locais, não nos resta outra saída a não ser a de buscar solução junto a esse digníssimo órgão, sendo o que se requer.

domingo, 17 de abril de 2011

SEMANA SANTA

Tá grave o surto de  D E N G U E  em Cumuruxatiba.
Prá turma que programou esse destino neste feriado:  P R O T E J A M - S E. E contem com a total omissão do serviço público de saúde.
Segundo a informação oficial: "Não existe o vírus em Cumuru". Diagnosticam tudo como 'virose'.
Vale registrar que durante uma semana do mes (25% do período), o serviço público NÃO TEM MÉDICO.
O que é considerado 'normal' pelos administradores públicos. E pelo próprio médico.
O negócio é rezar. E beber muito. Pelo menos assim não sentimos as picadas dos mosquitos... e os ataques de pulgas (bicho de pé).

terça-feira, 1 de março de 2011

O R E T O R N O (by: Ursinho)

Voltando pra casa encontro um bar e nele eu me sento. E por ali eu bebo.
Embriaguez.
Lúcida embriaguez.
Contradição talvez, menor embora que a vida que cresce tímida em meio aos grande blocos de concreto e ali mesmo se esgota, na volta e na ida, na ida e na volta. O tráfego, o asfalto, o carro, o sapato apertado e antes dele a meia que encobre de novo os meus pés comprimidos, brancos e suados, como se fossem também eles de plástico e não somente minha vida e os desejos que se oferecem prontos e multicoloridos nas placas de neón, desgraçadamente a brilhar. Sim, os pés, os sapatos, e a espessa camada de parafernálias semiológicas que se colocam entre eu e eu mesmo, entre o simples contato com a terra – que não há – entre uma mão e a outra, entre a mesma conversa de duas pessoas ou mesmo entre uma simples genitália e outra, cobertas da ranço abafado dos tantos panos, das tantas regras, das tantas rixas sexistas...



O ritmo das avenidas compridas e rápidas exigindo o reflexo imediato no fluxo de uma vida que te priva de pensar, ver, fruir. A velocidade assassina que acelera a alma atrás da qual todos correm afim de não perdê-la de vez.

 O que oferecer a eles, a mim, a nós todos, sofisticados ratos metropolitanos? Sentido. Estão todos sedentos... sedentos por sentido no centro do cubo dividindo o espaço com mil conveniências do sexo oposto e dos seres paridos repletos de intermináveis pedidos e cobranças que brotam das mil placas coloridas. Por mais que se tenha, tanto mais te falta...
Daí a gente pega um buzão e tá lá Paulim com o pé no chão.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SUJEITO HOMEM

                                                                                                                                             by: Ursinho.
“Eu gosto de você porque você é sujeito homem” - disse a mulher em febre com o corpo contorcido e os olhos revirados para cima, sussurrando tais palavras entre seus espasmos. Tratar-se-ia de uma bela trepada, mas bem poderia ser a cena de uma das virgens do oráculo recebendo um espírito.

Apesar de os ouvintes advertirem que, para tamanha algazarra, o que a moça recebia dentro de si não era um espírito, e que por isso mesmo já não era criatura assim, tão imaculada. Seja como for o pobre homem não viu em si o tal do “sujeito homem” do qual sua companheira falara, e ao bem da verdade, ele nem sabia o que era aquilo.

Na busca por uma explicação minimamente plausível, chegando ao conhecimento comum, todos preferiram tratar o caso como uma espécie de mistura entre as duas coisas, algo que fosse ao mesmo tempo trepada e incorporação. Daí surgiu o Sujeito Homem (agora com letra maiúscula), descrito como uma entidade tarada a vagar serelepe pelas dependências do Bordéu, cuja  constituição meta-plasmática a tornava carente das carnes tão caras ao amor.

Ora se apodera do corpo de um, ora do corpo de outro, respondendo assim pelas peripécias sexuais que essas pobres pessoas esbanjam no verão. As vítimas dessa entidade chegam em casa com costas unhadas, joelhos e ombros ralados, contorções diversas, garantindo não se lembrar de nada.

Ficou agora claro que foi o Sujeito Homem quem possuiu a mulher em questão, e não aquele sujeito em particular. Após averiguado esse fato, tivemos no Bordéu mais quatro ocorrências para situações que indicam participação do Sujeito Homem. Ninguém ainda quis ser exorcizado.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A CHUVA (by: Ursinho)



  “Eles vão trocar a passagem por pelo menos três vezes” - foi o que Paulinho falou sobre a turma que chegara do Rio, e agora estava às vésperas de se despedir - “esse tal plano de viajar para a Chapada Diamantina é coisa de anos, e lhe garanto que eles não conseguem sair daqui com facilidade.” Achei engraçado.
  No dia seguinte iríamos todos embarcar no Rei Cigano, um velho barco de turismo que nos deixaria em Corumbau, lugar do qual os dissidentes seguiriam viagem. As malas estavam prontas na varanda, e todos prontos para partir. Porém, naquela manhã, Wagner Marrento estava mais agitado que de costume. Esticava o pescoço para fora da casa, olhava o céu, o sol, e pensando em não-sei-o-quê decidiu andar um pouco pela rua. Retornou dizendo: “Não vou mais”. Pois apesar da manhã de sol, um marujo lhe garantiu que o mar estaria revoltoso em função do temporal que se aproximava, e que estavam esperando tufões, maremotos e monstros marinhos. “Não vou!”, reafirmou Marrento com convicção.                                                                    Seus amigos se entreolharam como que acostumados com aquela história, e decidiram seguir viagem sem ele. Eu, Tom Sick, Leon, e sua irmã, Ingrid, resolvemos também cancelar nossa viagem a Corumbau. Houve uma certa tensão, pois a separação das turmas se daria um pouco antes do previsto, e pegou a todos de surpresa. Ficamos da praia olhando o barco que levava nossos amigos viajantes, e vimos uma grande tempestade se formar. Por alguns instantes fiquei feliz pela chuva, provavelmente em função daqueles orgulhos bobos que a gente tem de estar certo.Voltamos para o Bordéu e ficamos presos na varanda, observando a chuva. De um modo estranho nos sentimos felizes com o fato de termos ficado, e decidimos celebrar, fazendo alguns drinks e uma canção para esse imponente pretexto de ficarmos mais um pouco em Cumuru:
...



A Chuva

Lava a alma, passa o tempo
o pensamento e esconde o sol
Lava pé lava mão, lava jato, traz a rima
Lavar a alma

A chuva cai
Lá fora
Lavar a alma

Leva lama, lava planta, lava rua, cresce a grama
Lavar a alma
Molha a roupa, prende em casa
e a gente pensa em namorar

E a chuva cai
Lá fora
Lavar a alma
E a chuva vai
Embora

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Caminhada prá Japara Grande

Fotos, filtro solar, ursos levitando.....

E muito coral debaixo do sol.
O início da saga: "Em busca da cerveja perdida"
Com: Um bando de alucinados em processo de desidratação.
Procurando com o Saci

..............
Melhor continuar procurando. Caminho longo. Muito sol.  Nenhum juízo.
Descansar....

Pensar.........
Continuar.....
Aqui tem público. hehe!




E afloram as bobagens. 
É fantástico. hehe!

Menina Fantástica

Saudades do circo
E dos hipopótamos
Público devidamente entediado, um pequeno choque de realidade...
Hora de continuar procurando a cerveja perdida. Não sem antes.....

.....mais uma pequena de demonstração do efeito "sol + abstinência etílica"
......

                                                                            (Os momentos de insanidade são totalmente opcionais)



O caminho continua. Em busca da cerveja distante.

O "Mico da Argila"








Japara Mirim. Quase chegando.
Não é miragem.
Japara Grande. Pode se refrescar.
Santa cerveja......

Precisa ter peixe?
O que se vê de Cumuru.

Vida durissima.

.................................
Sonho(?) bom.
Gloriosa homenagem. Ê trem!

Prá fechar o dia com chave de ouro, vale o almoço no Catamarã. Prá chegar em casa em altíssimo estilo.
Toda 'aventura' no caminho......deixa prá lá.